quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

[Projeto Encontros]

Com uma bela iniciativa da Secretaria de Transportes Metropolitanos do estado de São Paulo, o Projeto Encontros traz os ídolos que serão eternizados nas estações do Metrô com painéis, fotos e histórias. Válido para os cinco grandes clubes paulistas, você escolherá os ídolos tricolores que serão imortalizados no memorial da fama da estação São Paulo – Morumbi.

[Projeto Encontros] Memória Tricolor até 1950.

Após as agruras de sua fundação, em 16 de dezembro de 1935, e de seus primeiros passos no futebol entre os gigantes estabelecidos de então, o Clube da Fé foi se estruturando. Deixando de se concentrar nos fundos da Igreja do fervoroso Monsenhor Francisco Bastos e de migrar de campo em campo para sediar seus jogos. Em 1938 - após absorver o Estudantes Paulista, uma espécie de clube-irmão - o time passa a atuar no Estádio da Cia Antárctica Paulista, na Rua da Moóca.

Recinto pequeno, mas que serviu de abrigo até a inauguração, em 1940, do Estádio Municipal de São Paulo (que em 1961 seria batizado com o nome de um bastião da sãopaulinidade: Paulo Machado de Carvalho). Nesta ocasião, em um exemplo de orgulho da torcedor paulista para com o Tricolor, sua delegação foi plenamente ovacionada pela platéia que lotava o novo estádio, gritando: São Paulo! São Paulo! São Paulo!

Era uma forma do cidadão paulista extravasar frente ao Presidente da República, que lá estava para os festejos, pela extinção dos simbolos estaduais (como a própria bandeira) e por atos que remetiam a 1932... Adotado pelo povo, órfão de representação, o São Paulo Futebol Clube ganhou o apelido de "O Clube Mais Querido" da cidade. Não bastasse a cidade, e conseqüentemente o estado, logo o São Paulo FC ganharia também o Brasil.

Foi nesse contexto entusiasmado que o público paulistano viu reinar aquele forte e robusto goleiro, chamado King. Irmão do famoso atacante corinthiano Teleco, se destacava mesmo por fazer defesas firmes com somente uma mão. Teixeirinha, intrépido e jovem ponta-esquerda, que dava ainda seus primeiros dribles, de muitos, pois fora até recordista em número de jogos no São Paulo, sendo atualmente o quarto que mais entrou em campo com a camisa tricolor.

Com visões sempre grandiosas, O Mais Querido foi galgando seu lugar entre os melhores aos poucos, contudo. Primeiro precisou se fortalecer. Veio então o Canindé - adquirido pelo equivalente a 740 contos de réis junto a um casal de italianos (que o alugava a um clube de alemães, o Deutsch Sportive - o qual pouco tempo depois também adentrou a familia tricolor, fazendo parte da aurora e consagração do esporte amador).

Com seu "Centro de Treinamento" a disposição, a diretoria arriscou. Era hora de elevar o nome ao Brasil, contratando então seu maior ídolo ainda em atividade, aquele tão admirado pelos franceses na Copa do Mundo de 1938 e que se eternizara até mesmo em uma marca de chocolate: Leônidas da Silva, o Diamante Negro... 200 contos de réis - a maior transação do futebol sulamericano até então - pelo "bonde" foram até baratos. O Clube não parou e formou um verdadeiro esquadrão, na verdade, um Rolo Compressor que faturou tudo naquela década de 40.

Ruy e Bauer compunham com Noronha a mais famosa linha média (laterais e volante) que já existiu no Brasil. Bauer conquistara os cariocas mesmo depois do desastre canarinho na Copa do Mundo de 50, sendo clamando "Monstro do Maracanã". No ataque - à época composto por cinco homens, também Luizinho, regresso do Palestra. Era o mesmo Luizinho que vestira o manto do São Paulo da Floresta de 1930 à 1935 e que em 1941 comprara, com dinheiro do próprio bolso, seu passe, oferecendo ao único clube que de fato amava.

Para completar aquele elenco clássico, um mestre, El Maestro, o argentino Antônio Sastre. Chegara aqui com 32 anos e com a imprensa local a satirizar, batizando-o DeSastre... Nunca mais se ouviu esta brincadeira após todas as suas conquistas e os seus seis gols marcados em um único jogo. Recorde imbatível no São Paulo até hoje.

Vote nos ídolos desta 2 décadas e os veja eternizados no Metrô.

Cativa Tricolor
Apoiando a memória do futebol.

Fonte: Site Oficial do SPFC.

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Vamo São Paulo, Vamo São Paulo. Vamo ser campeão.

Equipe Cativa Tricolor

Um comentário:

  1. Olá pessoal, somos do blog www.torcidafeminina.com.br, e hoje também fizemos uma homenagem ao grande São Paulo, entrem lá no blog. A homenagem de voces está de parabéns.

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