
Zagueiro fala sobre a identificação que tem com o São Paulo, celebra viver um bom momento no Fenerbahce e lamenta não poder enfrentar o Brasil, pelas eliminatórias para a Copa Carlos Padeiro, especial para o Pelé.Net
Prestes a encerrar a sua terceira temporada pelo Fenerbahce, da Turquia, o zagueiro Lugano atendeu a reportagem do Pelé.Net por telefone, enquanto passeava com sua família em Istambul. Durante uma das perguntas, parou para distribuir autógrafo e tirar foto com um torcedor. Confira a entrevista:
Como foi a temporada pelo Fenerbahce? Você está bem adaptado à Turquia?
Lugano - Para o time foi uma temporada ruim. Na Champions [Liga dos Campeões] não avançamos como queríamos. Perdemos a Copa da Turquia na semana passada. Na Liga, estamos na quinta colocação e faltam só duas rodadas. Mas individualmente o ano foi bom para mim. Joguei do princípio ao fim em um bom nível e fui reconhecido pela torcida. Ainda marquei oito gols na Liga, algo pouco comum para um zagueiro. Em relação à vida por aqui, melhor impossível. A cidade é bonita, o clima é bom e a torcida é fanática. Recebo muito carinho e apoio. A qualidade de vida é impressionante, e eu e minha família vivemos muito bem.
Se recebesse alguma proposta, você jogaria nos rivais do São Paulo ou em algum time de outro estado do Brasil?
Lugano - Sou torcedor do São Paulo, sempre digo isso pela identificação que tive com o clube, mas a gente vive do futebol e fica difícil falar sobre o futuro. Não sei o que pode acontecer. Mas jogar por Corinthians, Palmeiras ou Santos é impossível. Seria uma falta de respeito a mim mesmo, ao São Paulo, à minha família... Em outro time, não sei dizer.
Já sabe onde atuará na próxima temporada?
Lugano - Meu contrato acaba em duas semanas, e o Fenerbahce mostra interesse em renová-lo. Fui reconhecido aqui.
Você pretende se transferir para algum centro maior da Europa, como Espanha, Itália ou Inglaterra?
Lugano - Ainda tenho o desejo profissional de um dia jogar por um grande time da Itália, Espanha, Inglaterra... Mas por enquanto não existe nada definido. Quando a temporada acabar, vou analisar as propostas.
Voltaria ao Brasil agora?
Lugano - Meu plano é continuar aqui na Europa. Vivo um bom momento profissional, e é importante conseguir benefícios financeiros agora para a minha família.
Tem acompanhado o futebol brasileiro? O que está achando do São Paulo na Libertadores?
Lugano - Acompanho muito o São Paulo. É o maior time do Brasil, pelo elenco que tem, a estrutura. Mas são muitas baixas. Teve o Rogério Ceni, o Rodrigo, o André [Dias]... São muitas contusões, e isso faz com que a temporada seja mais complicada. Mas tomara que o time cresça agora, na reta final da Libertadores. Estarei na torcida.
Os jogadores do São Paulo sentem a falta do Rogério principalmente por causa da liderança? Pelo que você vivenciou no futebol, esse é mesmo um diferencial dele?
Lugano - É muito difícil encontrar em qualquer time do mundo um jogador com tanta influência como o Rogério, não só pela mentalidade que ele tem, mas também por tudo o que conquistou no clube. Mas tenho visto que ele sempre vai aos jogos, procura contagiar os companheiros, passar tranqüilidade e fica na torcida. Só que com um caráter como o dele, fica muito difícil substituí-lo dentro de campo.
O que mais te marcou na sua passagem pelo São Paulo?
Lugano - Muita coisa. Desde o primeiro dia até o ultimo. O que mais me marcou foi a identificação que tive com a torcida e a torcida teve comigo, independente de títulos ou jogos.
Você pensa voltar um dia ou encerrar a carreira no Morumbi?
Lugano - Sempre penso nisso, voltar a defender a camisa tricolor. Mas é uma coisa que não depende só de mim. O São Paulo é um time muito grande, o maior do Brasil, e depende se um dia vai precisar do meu serviço de novo. Não adianta falar agora, que pretendo continuar por aqui.
Qual é a expectativa para o jogo Uruguai x Brasil, no dia 6 de junho, pelas eliminatórias?
Lugano - Não vou jogar porque tomei dois amarelos. Estou suspenso. Jogo contra o Brasil é sempre diferente, quase morro (risos). Mas vou ter de olhar do lado de fora dessa vez. É uma partida decisiva, o Uruguai está na briga por uma vaga na Copa, e cada vez mais se aproxima o final das eliminatórias. Mas só vou poder jogar contra a Venezuela [no dia 10].
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